quarta-feira, 27 de abril de 2011

Santa Semana!

Tivemos um tempo muito importante no calendário cristão, no qual a Igreja nos convidou a vivê-lo de maneira ímpar, focados na conversão, caridade e oração.

Iniciando-se a Semana Santa no último domingo dia 17/04, com a celebração do Domingo de Ramos, entrada triunfal de Cristo em Jerusalém.

Durante esses dias seguimos celebrando, observando talvez um detalhe despercebido por muitos: foi a “semana santa”, todos os dias, sem exceção, dias propícios para reflexão piedosa, para buscar um sentido mais completo de nossa espiritualidade. Muitos celebram a Semana Santa somente a partir de quinta-feira.

Pois bem, Segunda-feira Santa e assim por diante, celebração da Quinta-feira Santa, dia em que Jesus instituiu a sua Santa Ceia, ou seja, a Eucaristia, seguindo-se com a Paixão de Cristo, o Sábado Santo e finalmente, a Páscoa da Ressurreição no domingo.

E depois?

Ufa, não terei mais que seguir as orientações cristãs pra essa época, vida retomará seu curso normal. É isso?

Por vezes celebramos a Semana Santa de forma descuidada, esquecendo-nos do verdadeiro propósito dela: celebrar o mistério salvífico de Deus, a entrega total e sem reservas de Jesus, mas acima de tudo, buscando ressuscitar com Ele, vida nova em Cristo.

Viver piedosamente esses dias nos levaria a entender a importância da Ressurreição, tornando-nos livres pra viver nossa vocação cristã desde já, provando da Eternidade nesses nossos dias mundanos.

Cristo ressuscitou, aleluia! E que a ressurreição seja efetivamente sinônimo de vida nova!

Mãe da Divina Misericórdia.
Rogai por nós!
Amém.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Rezando o Terço.

Rezei o terço. Poucos minutos se passaram, cheguei ao trabalho e consegui de fato rezá-lo. Digo consegui e justifico: às vezes, mesmo tendo recitado essa belíssima oração mariana, é certo que rezo, mas não medito.

Deixando de contemplar os mistérios se reza automaticamente. Piloto automático da fé.

Óbvio que isso não existe, mas quando não se interioriza na oração, ela não é rezada, simplesmente cumprimos o “protocolo”. Sem frutos, nada acrescenta, pois não nos entregamos; mas a oração em si é poderosíssima.

Fui apresentado ao Rosário quando completei os 14 anos. Iniciei fortemente minha vida em comunidade a partir de um convite. Eu antes frequentava semanalmente um grupo de reza do terço.

E nesse grupo surgiu o convite pra participar de um movimento mariano, lindo, atuante, desafiante: Legião de Maria.

Foi nele que minha fé se consolidou; claro que tive momentos de vacilo, mas ali entendi o significado da vida em comunidade. Nele eu soube o que é ser Igreja.

Rezávamos o terço em todas as reuniões e nas ocasiões em que nos encontrávamos. Iniciávamos com a sua recitação, visto que Maria era a razão de nossa existência.

Durante esses anos, decidi rezá-lo todos os dias. Falhava algumas vezes. Nossa Senhora o recomendou em Fátima, certamente recomendava aos seus filhos ditos legionários. Sem essa oração, fruto algum brotaria.

Por um tempo parei. Poucas vezes rezava. E de repente, deparo-me com ele nas mãos. Tornei a rezá-lo. Mas ainda vacilo.

Como era gratificante, confortante, edificante, aliás, é muito bom. Enquanto rezava, segurando-o entre os dedos, facilmente me envolvia, Maria surgia alegremente para recebê-lo. Lindas rosas se juntando para ao final serem entregues a Nossa Senhora.

Deixo anotado: abordarei futuramente sobre o movimento Legião de Maria, pois uma vez legionário sempre legionário.

Apoiados nas palavras de Maria “Façam tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 1-12), tenho certeza que Jesus também nos recomendaria: rezem o Terço, sempre!

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Amém.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Esse não sou eu!

Definitivamente. Mas então o que me leva a viver dessa forma? Por qual razão não desisto desse “eu” e busco vida nova?

Que forma? Não sendo outro Cristo no mundo. Ponto.

Por vezes, enquanto caminhamos entre acertos e desacertos, creio que essa sensação ou mesmo pergunta ecoe alto dentro do coração, sem considerar que tal constatação a muitos está visível e somente nós insistimos em não aceitá-la.

Estou aceitando-a.

Não sou esse que venho sendo ultimamente, não posso me aceitar assim. E o que faço a partir de agora?

Como cristãos católicos é certo que a maioria de nós tenha recebido os 03 (três) Sacramentos iniciais, os da iniciação cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma. Somos considerados maduros na fé, atingimos a maturidade cristã. Sim?

Só que não vivendo esses Sacramentos em sua totalidade, torno-me parcial, inconstante e negligente até.

Falta-me inspiração. Não alimento corretamente o meu “ser cristão”, afasto-me do meu verdadeiro “eu”.

Na verdade, eu e você, todos, sem exceção, somos chamados a viver essa condição de cristão, aliás, eis nossa vocação primeira.

Caminhe diferente na Semana Santa, experimente cada dia com o Senhor piedosamente, reze com Ele, percorra seus Últimos Passos, medite o Evangelho da Paixão de Cristo, abandone aos poucos essa vida de hoje.

Comece a gestar a Vida Nova que a Páscoa da Ressurreição nos trará!
Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
Amém.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Diante da Cruz.

Não é uma simples simbologia ou ícone cristão. É a vida brotando, é graça oferecida gratuitamente, é a redenção àquele que dela se apodera.

Diga-me, diante da cruz: tudo tem sentido pra você? Ou diante dela nada faz sentido?

Merece reflexão. Eu devia meditar mais, porém poucas vezes me coloco diante dela pra rezar, conversar com Deus ou simplesmente me silenciar, contemplando-a.

Quando rezo o terço, segurando o rosário tenho a possibilidade de ter a cruz na palma da minha mão, oportunidade de olhar fixamente e nela perceber toda a Misericórdia Divina estampada no rosto chagado de Cristo.

Considerada loucura diante dos olhos mundanos, a cruz se revela mística e poderosa, todo e qualquer joelho se dobrará diante dela, não como forma de imposição, mas como prova maior da Redenção ofertada por Jesus.

Não há caminho a ser percorrido sem que a nossa cruz diária seja carregada; é tempo agora, hoje, nas pequenas coisas da vida, nas provações que se fizerem necessárias, nunca se desfazer da Cruz de Cristo.

Minha e a tua fé dela depende.

Concluo que me faltaram palavras pra expressar o que seria necessário. Eu me faço pequeno diante dela, limitado, mas com a certeza de que a graça de Deus me alcançará.

Maria esteve nos pés da Cruz, acompanhando silenciosamente o calvário do seu Filho Jesus. Seu Coração Imaculado fora crucificado juntamente com o Sagrado Coração.

Por conta disso sei que a Mãezinha do Céu, diante da minha insignificância e limitação, tornará a minha cruz mais digna de apresentação ao Senhor Jesus.

Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
Amém.